quinta-feira, 31 de maio de 2012

Já vai tarde!



Estava mais do que na cara! Desde a eliminação na Libertadores e nas finais do Estadual, o divórcio entre Ronaldinho Gaúcho e o Flamengo era pedra das mais cantadas. O que se buscava, como me cansei de escrever aqui e falar no SporTV e na Rádio Globo, era uma saída honrosa. Saída "pela porta da frente", como chegou a admitir o próprio jogador, após uma boa atuação, no Carioca.

Nem isso foi possível. Em mais uma fantástica série de trapalhadas, o comando do futebol rubro-negro acabou acelerando o processo (numa desastrada conversa do vice de futebol com torcedores) e o empresário e irmão do jogador decidiu entrar com um pedido de liberação (e cobranças) na Justiça.

Quer saber? Já vai tarde! Ronaldinho Gaúcho foi, na verdade, uma enorme decepção. Ninguém, em sã consciência, tinha expectativa de que fosse capaz de reencontrar aqui o futebol mágico que chegou a exibir em seus melhores anos de Barcelona. Mas o mínimo que se esperava dele era empenho e profissionalismo. E, com isso, teria o suficiente para fazer a diferença - como fizeram, em suas voltas, apesar de fisicamente combalidos, Ronaldo Fenômeno, no Corinthians, e até Adriano, no Flamengo.

Nem disso, entretanto, o Dentuço foi capaz. Apesar do físico bem mais conservado que os outros ex-companheiros acima citados, Ronaldinho preferiu brilhar em outros campos - e a noite carioca ganhou um boêmio onipresente e um atleta profissional, irritantemente displicente.
Suas boas atuações podem ser contadas nos dedos de uma mão. Show mesmo, somente na Vila Belmiro, na já histórica virada sobre o Santos de Neymar.

E tome de falta, e de chegadas atrasadas, e de apresentações em condições problemáticas, e de faltas em compromissos com patrocinadores.

Ronaldinho, não há outro termo, se tornou um fiasco tsunâmico no Flamengo. Sua saída será um reforço considerável para o elenco.




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