segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Rock in Rio e o problema da escolha das atrações



Ao fim de um grande evento surge o balanço dos pontos positivos e dos negativos proporcionados pelos acontecimentos que o permearam. A edição do Rock in Rio 2011 terminou e muito além de um grande evento nos trouxe um dado alarmante para as próximas edições, a incoerência perante a grandeza de certos artistas e shows.

Quem não foi ao evento pode acompanhá-lo pela televisão e internet, e o que se viu foi uma chuva de críticas as atrações e ao gênero musical de cada dia do evento. Mesmo tendo em seu nome Rock o evento veio com uma temática eclética e dividiu as atrações em dias que elas se encaixavam. Porém, nem todos entenderam que o Rock in Rio não era só de Rock e não adiantava reclamar, pois quem comprava sabia em que ambiente estava indo. Porém, certos critérios de seleção dos organizadores não foram tão complacentes com o público, visto que algumas bandas e cantores foran vaiadas, como a banda Glória e a cantora Cláudia Leite (fato que gerou uma grande polêmica).

A questão aqui não é a qualidade da banda ou da cantora criticada pelo público, mas o critério de seleção dos mesmos nos locais onde seus shows foram apresentados. Um bom exemplo é a escolha de Joss Stone, uma das melhores cantoras da atualidade arrastar uma multidão para o pequeno Palco Sunset na tarde de quinta-feira e a cantora baiana Cláudia Leite afastar uma boa quantidade do público que aguardava Elton John, no Palco Mundo na noite de sexta (23/09). O mesmo se dá com o Glória, banda de relativa pequena expressão deixar Sepultura no Palco Sunset. São elementos como esse que fazem com que o público rejeite certas atrações.

A maior crítica também cabe a algumas atrações juntas, como Elton John na sexta-feira e Kesha no mesmo dia de Stevie Wonder, a inversão seria uma grande solução e uma atração a mais para o público. Entretanto, os demais shows condiziam com o dia e com as demais bandas que foram apresentadas, o ponto alto ficou com a sexta-feira (30) e o sábado (1), os dois melhores dias do Rock in Rio.



Esses são alguns exemplos de mudanças que precisam ser repensadas para a próxima edição em 2013. A opinião do público, que já foi um ponto alto desse evento, precisa também ser seguida no critério de seleção de alguns artistas e da localização de seus shows. O ecletismo foi em geral bem aceito, mas não adianta mesclar e não organizar devidamente. Os detalhes são essências para o bom funcionamento de um grande espetáculo.

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